Pavel Durov alerta: «Estamos perdendo a Internet livre» — um alerta sobre o futuro da liberdade digital

No seu 41º aniversário, o fundador do Telegram, Pavel Durov, publicou uma declaração que repercutiu em todo o mundo digital. Sua mensagem não é apenas uma reflexão pessoal, mas um alerta sobre a erosão global da liberdade na Internet.

1. A mensagem por trás das palavras de Durov

As palavras de Durov refletem uma preocupação global crescente: a rápida perda da liberdade na Internet. O que começou como um espaço para o intercâmbio livre está se transformando em um sistema de vigilância, censura e controle centralizado. Governos que antes se diziam defensores da democracia agora implementam políticas de vigilância típicas de regimes autoritários.

2. Chat Control na UE: da proteção infantil à vigilância em massa

Na União Europeia, o regulamento proposto Chat Control (oficialmente CSAR — Regulation to Prevent and Combat Child Sexual Abuse) pode tornar reais os temores de Durov. De acordo com esta iniciativa, cada mensagem e imagem privadas poderiam ser analisadas antes da criptografia — incluindo comunicações em aplicativos com criptografia de ponta a ponta como Telegram, Signal ou WhatsApp.

O que começou como uma medida contra conteúdo ilegal evoluiu para uma ferramenta de vigilância digital preventiva. O escaneamento no lado do cliente significa que o próprio dispositivo do usuário analisaria as mensagens antes de enviá-las, podendo relatar conteúdo “suspeito” às autoridades.

Segundo especialistas em privacidade e a Electronic Frontier Foundation (EFF), isso destrói o princípio da comunicação privada e transforma todos os cidadãos em suspeitos em potencial.

3. Proibições de VPN e censura global

Enquanto a Europa discute o escaneamento de todas as mensagens, outros países foram ainda mais longe. Os serviços de VPN são proibidos ou restringidos em lugares como China, Irã, Rússia e Bielorrússia. Esses governos alegam que é “por segurança”, mas, na realidade, trata-se de controlar a informação e limitar a liberdade de comunicação dos cidadãos.

Nesses países, acessar meios de comunicação independentes ou simplesmente expressar opiniões dissidentes online pode levar a multas, prisões ou pior. As VPNs — que antes pareciam opcionais — tornaram-se um salva-vidas para milhões de pessoas que buscam acesso sem censura à Internet.

4. Por que as VPNs são mais importantes do que nunca

A postagem de Durov destaca que a privacidade digital é um direito humano fundamental. Em um mundo de Chat Control, leis de vigilância e proibições de VPN, usar uma VPN confiável não é mais sobre “se esconder” — é sobre proteger o que resta da nossa liberdade.

• Privacidade: as VPNs criptografam o seu tráfego de Internet, impedindo que provedores, governos e corporações rastreiem suas atividades online.
• Liberdade: as VPNs contornam a censura e permitem o acesso a sites e aplicativos bloqueados no seu país.
• Segurança: a criptografia protege seus dados em redes Wi-Fi públicas e evita interceptações.
• Resistência: as VPNs ajudam a combater medidas intrusivas como o Chat Control e os sistemas de identificação digital.

Usar uma VPN hoje é uma forma pacífica e legal de resistência — uma decisão pessoal para permanecer livre em um mundo digital cada vez menos livre.

5. O tempo está se esgotando

Quando Durov diz “estamos ficando sem tempo”, ele não está exagerando. Cada nova regulamentação que enfraquece a criptografia, cada nova restrição de VPN, cada lei que expande a vigilância nos aproxima de um futuro onde a Internet deixa de ser livre e passa a ser monitorada por design.

As VPNs, a criptografia e as tecnologias descentralizadas não são o inimigo — são a última linha de defesa entre os usuários e um sistema que cada vez mais vê a privacidade como uma ameaça.